Vivemos em uma era de acesso rápido à informação, e isso inclui conteúdos sobre psicologia e transtornos de personalidade. Redes sociais, blogs e vídeos no YouTube estão repletos de postagens com títulos como:
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5 sinais de que você está casada com um narcisista!
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Se ele fala isso, ele é bipolar!
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Cuidado! Psicopatas agem assim com suas esposas!
O problema? Muitas mulheres leem esses conteúdos, reconhecem algumas atitudes em seus maridos ou familiares e concluem: “Meu marido tem esse transtorno!”. Essa prática, conhecida como “diagnóstico por correspondência”, pode ser extremamente prejudicial para os relacionamentos e até mesmo para a própria saúde mental da pessoa que se precipita em rotular o outro.
Neste texto, vamos entender por que isso acontece, os perigos dessa tendência e o que fazer se você realmente sente que algo está errado no seu casamento.
O perigo do diagnóstico superficial
Um dos estudos clássicos que nos alerta sobre os riscos dos rótulos psiquiátricos foi realizado por David Rosenhan (1973). Em seu experimento, ele enviou pessoas saudáveis para hospitais psiquiátricos, todas alegando apenas um sintoma falso: ouvir vozes. O resultado? Todos foram diagnosticados com transtornos mentais, e suas ações normais passaram a ser interpretadas como “sintomas”. O estudo revelou o perigo de rotular indivíduos com base em interpretações subjetivas, sem uma avaliação criteriosa.
Hoje, algo semelhante acontece nas redes sociais. A popularização da psicologia fez com que muitas pessoas interpretassem traços isolados de comportamento como sinais de transtornos graves. O problema é que a maioria desses diagnósticos exige critetérios específicos, definidos pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), e não podem ser feitos apenas com base em posts de Instagram.
Como isso prejudica seu casamento?
Quando uma mulher rotula seu marido como “narcisista”, “manipulador” ou “bipolar” com base em um conteúdo superficial, ela pode cair em alguns erros graves:
❌ Se colocar como a parte “superior” da relação – Se o outro é o “doente”, eu sou a “certa”. Isso impede o diálogo e gera distanciamento emocional.
❌ Criar um viés de confirmação – Depois que um rótulo é colocado, qualquer atitude do outro é vista como prova desse transtorno, mesmo quando não tem relação.
❌ Afastar qualquer possibilidade de mudança – Quando o outro percebe que está sendo julgado ou etiquetado, a tendência é que ele se feche ainda mais.
A verdade é que todo ser humano tem traços de personalidade diversos e, em algum momento da vida, todos podemos apresentar padrões de comportamento que parecem se encaixar em um transtorno. Mas isso não significa que todos tenham uma condição clínica.
O que fazer quando algo parece errado no casamento?
Se você sente que seu relacionamento está em crise, o caminho não é rotular, mas buscar amadurecimento.
🔹 Você não pode forçar seu marido a mudar.
🔹 Mas você pode se fortalecer emocionalmente e moralmente para influenciá-lo positivamente.
🔹 Quando você muda, a relação muda. Muitas vezes, isso abre espaço para que ele queira mudar também.
Como funciona a terapia para casais?
Na minha abordagem terapêutica, não forçamos ninguém a participar de sessões em dupla.
👩⚕️ Primeiro, eu atendo individualmente cada um. Isso permite que a mulher fortaleça sua autoimagem, aprenda a se comunicar melhor e saia do papel de vítima.
💬 Conforme ela amadurece, a relação muda. Se houver abertura, podemos trazer o marido para sessões conciliatórias.
📍 Esse processo evita confrontos desnecessários e cria um ambiente mais propício para transformações reais no casamento.
Escolha o caminho do crescimento, não dos rótulos
Se você sente que algo está errado no seu casamento, não tente resolver sozinha e nem diagnosticar seu marido com base em um post da internet.
O crescimento começa por você. A maturidade emocional e moral é o primeiro passo para transformar sua relação.
Se você quer entender melhor o que está acontecendo e encontrar um caminho saudável para lidar com seu casamento, vamos conversar.
📩 Entre em contato para saber mais sobre o processo terapêutico.